Diante da pressão do dia a dia, volta e meia as pessoas querem dar um suspiro de novidade e sair da rotina. O que muitas não sabem é que, além de relaxante, fazer algo novo ou de um jeito diferente é saudável para o cérebro.
Pesquisa realizada pelo Albert Einstein College of Medicine e a Universidade de Syracuse, em 2007, com 469 pessoas, apontou que a prática de exercícios mentais reduz índices de vários tipos de demência. Leitura, jogos de tabuleiro, tocar instrumentos musicais e dançar são estimulantes para o cérebro.
Segundo a pesquisa, ao aprender novas coisas, neurônios são produzidos e novas conexões são estabelecidas em um processo chamado neuro-plasticidade. Assim, cada um pode realizar atividades para estimular o desenvolvimento das células cerebrais em uma verdadeira malhação.
O engenheiro Antonio Carlos Guarini Perpétuo, criador do grupo Supera – Ginástica para o Cérebro, diz que o cérebro é muito inteligente, mas preguiçoso: “Seu maior veneno é a rotina”. É como se fosse um computador que pode armazenar vários dados, mas que para processar informações rapidamente precisa de exercícios.
As técnicas de estimulação cerebral são várias e há locais especializados para treinar o raciocínio, como os Kumons que surgiram no Japão e estão espalhados hoje por diversas partes do mundo, e o próprio grupo Supera, mas, para quem não tem tempo de se dedicar a um “treino” diário, basta incorporar pequenas mudanças no dia a dia. De acordo com Antonio Carlos Guarini, as pessoas precisam sair do piloto automático e refletir sobre o que fazem. Para isso, basta pegar um caminho diferente para ir de casa para o trabalho, comer com a mão com a qual não se está acostumado ou realizar qualquer outra tarefa do dia-a-dia de maneira diferente – o que vai exigir maior concentração.
De acordo com a pesquisa, realizar algo de um jeito novo parece ser o jeito mais eficaz de exercitar o cérebro. Atividades que utilizam diferentes tipos de estimulação sensorial e ações fora da rotina produzem mais das substâncias que estimulam o crescimento de novos dendritos e neurônios no cérebro. As práticas podem até diminuir a incidência de doenças como o Alzheimer.
Fonte: NE10