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Obesidade no idoso

Com o crescimento dos avanços tecnológicos, o sedentarismo vem aumentando progressivamente, e os casos de obesidade, em todas as faixas etárias, não param de crescer. As modificações surgidas no perfil demográfico e epidemiológico da população brasileira modificaram o cenário nutricional, onde se observa um crescimento significativo de casos de sobrepeso e obesidade entre os indivíduos da terceira idade, acarretando o surgimento de doenças secundárias, como hipertensão, dislipidemias, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

Na história do Brasil, percebe-se que a utilização dos recursos financeiros destinados aos idosos são mais direcionados para aquisição de medicamentos do que para alimentos que melhorem a qualidade de vida destes indivíduos, favorecendo a monotonia alimentar e a má qualidade de vida do idoso. Por esse motivo, verifica-se o aumento da ingestão de alimentos de alto valor calórico, fazendo com que o IMC (índice de massa corpórea, calculado pela divisão do peso pelo quadrado da altura) desta faixa etária muitas vezes ultrapasse os 30kg/m², ou seja, diagnosticando obesidade. Este fator torna-se mais grave pelo fato do organismo destes indivíduos não reagirem tão bem quanto o de uma pessoa de faixa etária inferior, pois possuem um metabolismo diferente (mais lento), apresentando uma perda relevante de massa muscular e um maior ganho de massa gordurosa, necessitando assim de ações imediatas para melhorar o estado de saúde destes indivíduos.

Com a redução de peso, o indivíduo consegue diminuir a pressão arterial, reduzir os níveis de colesterol e triglicérides e chegar a níveis controlados de glicemia. Medidas simples, como a troca da manteiga pelo azeite, o açúcar por adoçante, a redução do sal adicional nos alimentos, a diminuição da ingestão de calorias em torno de 500 a 1000 kcal diárias a menos que o habitual, como também a prática diária de atividades físicas aeróbicas (caminhadas), pode-se reduzir o peso gradativamente e diminuir todas estas taxas citadas anteriormente. Vale salientar que, com a perda de peso e conseqüentemente a melhora do estado de saúde, consegue-se uma redução na ingestão de medicamentos, pois estes são tomados para controle de muitas taxas que podem ser reduzidas com essas ações.

A ação de uma equipe multidisciplinar é de suma importância para a melhora do estado de saúde do idoso. Os familiares e cuidadores não devem tomar atitudes sem o respaldo de um profissional qualificado, pois isto pode acarretar graves prejuízos ao idoso. O nutricionista terá papel fundamental neste respaldo, pois  atuará sobre as condições físicas, psicológicas e econômicas para uma melhora do estado nutricional e conseqüentemente de saúde e qualidade de vida.

Sara Albuquerque – Nutricionista

2018-04-14T05:23:31+00:00

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