A dieta característica da região banhada pelo mar Mediterrâneo se caracteriza pelo consumo de grandes quantidades de vegetais, legumes, frutas, cereais, peixe e gorduras não-saturadas, pelo baixo consumo de carnes brancas e vermelhas, lacticínios e gorduras saturadas e pelo consumo moderado de álcool.
Um grupo de pesquisadores liderado pelo neurologista Nikos Scarmeas acompanhou 192 pessoas com a doença durante aproximadamente quatro anos e meio, período no qual foram registrados 85 óbitos. Quanto mais fielmente os indivíduos seguiram a dieta, mais reduziram a sua mortalidade, que chegou a ser 76% menor do que os indivíduos que não seguiam as recomendações alimentares.
De acordo com Scarmeas, indivíduos que aderiram moderadamente à dieta mediterrânea tiveram uma sobrevida 1,3 ano superior aos que não aderiram. Já os que seguiam este padrão alimentar religiosamente sobreviveram em média 4 anos a mais.
Estudos anteriores do mesmo grupo já haviam demonstrado que pessoas saudáveis que seguem a dieta do Mediterrâneo têm menor risco de desenvolver o mal de Alzheimer. “Ainda é necessário estudarmos se a dieta também pode ajudar a desacelerar o declínio cognitivo da doença”, afirma Scarmeas.
Fonte: Neurology