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Cirurgia plástica e procedimentos estéticos: 97% dos médicos processados não têm título de especialista na área

Levantamento inédito divulgado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) revela que, dos profissionais processados por cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, 97% não têm título de especialista na área. Os principais motivos dos processos éticos são publicidade enganosa (67%) e má prática (28%).

O Cremesp analisou processos que tramitam no órgão de janeiro de 2001 a julho de 2008 envolvendo 289 médicos. Destes, 139 médicos (48,1%) não têm título em nenhuma especialidade médica, 143 (49,5%) possuem título em especialidades não relacionadas a cirurgia plástica e procedimentos estéticos. Dentre os médicos processados, há apenas seis cirurgiões plásticos e um dermatologista.

O relatório destaca que são 53 as especialidades médicas oficialmente reconhecidas. O médico que anuncia ser especialista em Medicina Estética comete infração ética, pois esta não existe como especialidade médica.

A publicidade irregular é a infração mais recorrente (66,87%)

Alguns dos exemplos de publicidade irregular citados pelo Cremesp:

  • Autopromoção de médicos em revistas e programas de televisão.
  • Exposição de imagens de pacientes “antes e depois”.
  • Divulgação de técnicas não reconhecidas e procedimentos sem comprovação científica.
  • Mercantilização do ato médico (promoções, quiosques em shoppings, consórcios e crediário para a realização de cirurgias plásticas).

Má prática (negligência, imperícia ou imprudência)

A má prática é o segundo tipo de infração mais recorrente (28,39%). Foram mais freqüentes os casos de:

  • Erro de diagnóstico.
  • Métodos inadequados de tratamento.
  • Má assistência no período pós-operatório.
  • Prescrição errada de medicamento.
  • Complicações anestésicas.
  • Erro em cirurgias.
  • Alta precoce.

Os procedimentos médicos que mais aparecem nos processos ético-profissionais são lipoaspiração (33,5%) e colocação de prótese de silicone (20,1%).

No universo dos médicos processados, 20,4% são mulheres e 79,6% são homens. A maioria (91,5%) tem mais de 15 anos de formado. Dentre os processados, 38% são reincidentes. Foram condenados mais de 70% dos médicos julgados. Nove tiveram o registro cassado.

Fonte: Cremesp

2018-04-14T05:23:43+00:00

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